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Helicópteros
e aviões são coisas tão diferentes que pode-se afirmar até mesmo
tratar-se de invenções distintas que aconteceram mais ou menos à mesma
época e que pouco têm de comum além de representar a materialização
do sonho milenar que o homem sempre acalentou de dominar a terceira dimensão.
Se o primeiro vôo de um helicóptero aconteceu com apenas um ano
de atraso em relação ao avião, o desenvolvimento deste se fez de
maneira vertiginosa entre as duas Grandes Guerras, enquanto os pioneiros
do vôo vertical viram-se envolvidos com tantos problemas de difícil solução
que, pode-se dizer, a maioridade do helicóptero somente foi alcançada
quase quarenta anos depois.
Assim é que, tendo realizado a primeira decolagem oficialmente
controlada em novembro de 1907, foram necessários dezessete anos para que
fosse alcançada a extraordinária
marca de um quilômetro em circuito fechado em 1924, sendo que apenas em
1930 foi atingida a estonteante altura de dezoito metros. Outros
seis anos se passaram para que fosse realizada a primeira aterrissagem em
auto-rotação com o motor voluntariamente cortado.
Somente em 1946, quando a aviação de asa fixa já havia
participado de forma decisiva na Segunda Grande Guerra e já era explorada
comercialmente em linhas internacionais, é que foi emitido o primeiro
certificado de homologação civil de um helicóptero, inserindo, de forma
definitiva, este tipo de aeronave no cenário aeronáutico como um meio de
transporte confiável e de possibilidades tão interessantes.
No grupo dos aviões, existem várias classes de aeronaves.
Segundo o número de motores, os aviões podem ser monomotores,
bimotores, trimotores e assim por diante, existindo aeronaves operacionais
de até oito motores. De acordo com o número de asas, temos os
monoplanos, biplanos, triplanos, etc. E pode ser ainda, a hélice, a reação
ou turboélice, dependendo do tipo de propulsão utilizada.
Da mesma forma, os helicópteros podem classificar-se de várias
maneiras. De acordo com o número de motores, também os helicópteros
podem ser monomotores, bimotores, trimotores e mesmo quadrimotores.
Quanto ao número de rotores principais, já se tentou um pouco de
tudo. Apesar de já terem sido construídos helicópteros de até oito
rotores principais, o que existe atualmente são helicópteros de um ou
dois rotores principais.
Entre os helicópteros de dois rotores principais, as seguintes
configurações se destacam:
Todas essas configurações
apresentam suas vantagens e desvantagens, mas aquela que nos interessará
a partir de agora é a representada pelo helicóptero de um rotor
principal e um de cauda, porque corresponde a pelo menos noventa por cento
dos modelos existentes em
todo o mundo.
Para finalizar esta parte relativa à classificação dos helicópteros,
lembrando a quem imagina que as aeronaves de asa rotativa são sempre de
pequeno porte, vale a pena mencionar que o maior helicóptero construído
até os dias atuais tem um peso máximo de decolagem superior a cem
toneladas!
Em um outro bloco, iremos discutir a configuração que corresponde
à maioria absoluta dos helicópteros existentes e em operação em todo o
mundo: a daqueles que possuem um rotor principal e um de cauda. Quais são
os componentes principais, para que servem, como funcionam. |
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